quarta-feira, 13 de julho de 2016

Microconto - [72]

Era tarde da noite quando conheci Fernanda.
Meus olhos piscavam em câmera lenta de tanto sono.
Imediatamente a vontade de dormir passou e a lentidão da vista cresceu.
Consegui reparar os lindos trejeitos dela.
As quatro últimas letras do seu nome explicavam muita coisa: a velocidade da vida pede um olhar mais "anda" e menos "corra".

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Microconto - [71]

Quando dorme, esconde os lindos olhos.
Gostaria que tivesse insônia.
Egoísta, admito.
Mas é preciso que durma.
Só assim posso dar bom dia.
Queria que existissem pálpebras transparentes.
Impossível?
Não mais do que a transparência da confissão de egoísmo.